As
primeiras histórias em quadrinhos datam da Pré-História,
visto que os homens das cavernas já pintavam nas paredes
o que lhes acontecia. No início do século XX, contudo,
foi definido o conceito de histórias em quadrinhos, e
sua técnica começou a ser desenvolvida.
Há vários precursores das histórias em quadrinhos,
destacando-se o brasileiro Angelo Agostini, embora haja
quem diga que a primeira criação surgiu com Richard
Fenton Outcault, em The Yellow Kid, de 1863. Foi
Outcault quem introduziu o "balão", no qual são escritas
as falas dos personagens.
Nas primeiras fases das histórias em quadrinhos, os
argumentos eram apresentadas aventuras de crianças e
bichinhos, com muito humor. Em 1929, as histórias em
quadrinhos ganharam muita popularidade; na década de
1930, o gênero "aventura" foi incorporado às histórias.
A Era de Ouro, como ficou conhecida essa fase, teve seu
auge com personagens como: Flash Gordon, de Alex
Raymond; Dick Tracy, de Chester Gould; Tarzan, uma
adaptação de Harold Foster para o personagem de E. R.
Burroughs (do livro Tarzan, o filho das selvas).
Nessa nova fase, surgiu mais um gênero, tipicamente
americano: o super-herói, como o Super-Homem, de Siegel
e Shuster.
As histórias em quadrinhos significaram mais do que um
simples divertimento. O governo americano as utilizava
como armas ideológicas para elevar o moral dos soldados
e do povo em época de guerra. Alguns personagens em
quadrinhos se alistaram na Segunda Guerra Mundial,
incentivando jovens americanos a tomar a mesma postura.
O herói que mais teve presença nesse período foi o
Capitão América, de Jack Kirby e Joe Simon.
Na década de 1940, foi criado o formato das revistas em
quadrinhos que se conhece até hoje, e foi assim que
estas chegaram ao Brasil, nesse ano.
Na década de 1950, as histórias em quadrinhos sofreram
uma crise de identidade e foram duramente criticadas em
razão de seu teor de indução em massa. Foi criado,
então, um Código de Ética, mas nesses tempos de
liberdade de criação e expressão reduzidas, os roteiros
das histórias foram camuflados com textos aparentemente
inofensivos que induziam nas entrelinhas.
Na década de 1960, voltou com força total o gênero dos
super-heróis, como o Homem-Aranha, criado por Stan Lee e
Esteve Ditko.
Nessa mesma década e a partir da década de 1970, os
quadrinhos underground - com temas que abordavam o
subconsciente norte-americano, as crises existenciais,
os auto questionamento -, criados por Robert Crumb,
fizeram e ainda fazem sucesso.
No Brasil, vários cartunistas ganharam destaque pela
criatividade: Henfil (personagens: Graúna e Zeferino),
Ziraldo (personagens: Pererê e Menino Maluquinho),
Péricles (personagem: O Amigo da Onça), Maurício de
Sousa (personagens: Cebolinha, Mônica , Cascão ),
Fernando Gonsales (personagem: Níquel Náusea), Angeli
(personagem: Rebordosa), Millôr Fernandes, entre outros.
Fonte: Paulinas |